A Noite
Era noite e me deitei no sofá cansado, o corpo se alongou para tocar as extremidades e os dedos buscavam o controle da televisão.
Ligada, ouvi uma voz, um sussurro, um toque na tela. Estranhei e mudei de canal, mas o toque prosseguia e agora estava mais forte.
A tela parecia quebrar até que avistei um rosto. O rosto possuía um sorriso, um formato de rosto e um jeito que me era conhecido. Não tardou muito e uma voz me conclamou como se já nos fôssemos apresentados:
- Luiz, sou eu.
Dei um pulo, não poderia ser. Meu eu infantil do outro lado e logo, peguei o aparelho mudei, troquei, desliguei e o rosto insistia sua mão saia da tela e buscava me tocar:
- Venha, quero te mostrar algo.
Não queria ir, mas meu corpo não era meu. Meus membros foram levitando para a frente da tela, meus braços primeiro e depois minhas pernas
Entrei na tela, tudo parecia em cores vivas, diferença a cada canal que se passava, conheci o mundo em poucos segundos. Poderia viver ali o resto dos meus dias a cada sensação que me era transmitida.
Meu eu, sorria e me levava o mais longe até que me fui perdendo, meu rosto virou número, minha testa anúncio e meu corpo venda e consumo. Meus olhos pareciam cristais prontos para só refletir o mundo mágico, minhas veias saiam cores em demasia como um êxtase profundo.
Olhando atentamente, meu eu infantil saca a colher e me devora aos poucos, com mastigadas leves e abre um sorriso, branco.
Servindo da minha cabeça um banquete até sugar o ultimo suspiro sem que eu pense na vida enquanto me mergulho no seu estômago sem fundo pronto para o rio de piranhas.
Ligada, ouvi uma voz, um sussurro, um toque na tela. Estranhei e mudei de canal, mas o toque prosseguia e agora estava mais forte.
A tela parecia quebrar até que avistei um rosto. O rosto possuía um sorriso, um formato de rosto e um jeito que me era conhecido. Não tardou muito e uma voz me conclamou como se já nos fôssemos apresentados:
- Luiz, sou eu.
Dei um pulo, não poderia ser. Meu eu infantil do outro lado e logo, peguei o aparelho mudei, troquei, desliguei e o rosto insistia sua mão saia da tela e buscava me tocar:
- Venha, quero te mostrar algo.
Não queria ir, mas meu corpo não era meu. Meus membros foram levitando para a frente da tela, meus braços primeiro e depois minhas pernas
Entrei na tela, tudo parecia em cores vivas, diferença a cada canal que se passava, conheci o mundo em poucos segundos. Poderia viver ali o resto dos meus dias a cada sensação que me era transmitida.
Meu eu, sorria e me levava o mais longe até que me fui perdendo, meu rosto virou número, minha testa anúncio e meu corpo venda e consumo. Meus olhos pareciam cristais prontos para só refletir o mundo mágico, minhas veias saiam cores em demasia como um êxtase profundo.
Olhando atentamente, meu eu infantil saca a colher e me devora aos poucos, com mastigadas leves e abre um sorriso, branco.
Servindo da minha cabeça um banquete até sugar o ultimo suspiro sem que eu pense na vida enquanto me mergulho no seu estômago sem fundo pronto para o rio de piranhas.
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