Amaciar a ti

Uma massagem pelas mãos
Deslizam por teu corpo cerradial inexplorado
Em meio a galhos secos em princípio de fogo

Faíscas saem-lhe ao tocar e em meios as labaredas
toco intenso e molhado
Com lábios em sua rubra face

Ao subir, colho ipês rosas
Ao descer, um roer de pequi me faz saborear o seu cerrado

Termino a massagem
com meu corpo incendiado
em meio a sua mata

O fogo nos consome e só resta a nós
a espera da água
provocada pelo contato
 para apagar nossas chamas

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