Refresco
Rasas águas
vou molhando os pés
Não me refrescam
Lá se vai
As coxas vigorosas
A barriga em tijolos
Os braços em concreto
E mesmo assim
Ainda
Não me refrescam
O pescoço pendular
O rosto varandial
O cabelo espiral
E seguindo as sinas
Anteriores
Não me refrescam
Mergulho profundo
Levo a alma junto
Um resfriar
Ossos em estalo
Uma calma pombal
Corpo carnal
Agora
Em banho de sal
Meus sentidos voltam
Emergo na superfície
Antes uma ilha
Indecente
Agora
Um continente
vou molhando os pés
Não me refrescam
Lá se vai
As coxas vigorosas
A barriga em tijolos
Os braços em concreto
E mesmo assim
Ainda
Não me refrescam
O pescoço pendular
O rosto varandial
O cabelo espiral
E seguindo as sinas
Anteriores
Não me refrescam
Mergulho profundo
Levo a alma junto
Um resfriar
Ossos em estalo
Uma calma pombal
Corpo carnal
Agora
Em banho de sal
Meus sentidos voltam
Emergo na superfície
Antes uma ilha
Indecente
Agora
Um continente
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