As Costelas
Deitado no colchão irregular
acinzentado
coberto pelo texto em luzes
em extensão, espalhado
Os pés em delicado compasso
descansam no comprimido espaço
suavemente tocam
os joelhos desgastados
Por onde tempo e espaço
ao parecer do dia
se tornam
conjugados
Sua cabeça pende para o lado
seu corpo encolhido
meio que espremido
tateia seu lugar ao calçado
Seis eram as costelas
enfileiradas
contadas na magreza robusta
Fez Adão provar
a solidão ausente de
hóstia e sem vinho
Cotidiano
valsado em desatino
Muito bom, Luiz. Melancolicamente belo. Parabéns.
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