Urgência
Há nos olhos humanos
Algo demasiado obscuro
Como se neles pudesse
Resolver todos os males
Tudo que se coloca afinal
Ao final, sobram aos olhos
A paisagem morta da via
Apresentada no cotidiano
como frutas dilaceradas
no meio do espaço urbano
Corpo em claustrofobia
pede um pouco de urgência
mas lhe é ofertado um tango
música que combina com a
tristeza do trabalho desumano
Manchados pelo roubo diário
homens e mulheres sonham
Em pé ou sentados pelo fim
em que seus olhos não
marejem por tão pouco salário
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