Temores
Me cortei hoje
queria saber se havia carne
se havia vida
O sangue que escorre
alimenta os bueiros
a carne é servida
O que me fiz?
Permita-me falar da minhas cicatrizes
Negras marcas, dores cinzas
Alma agonizada, chagas expostas
Se pudesse sentar em um trono
Teria feito desaparecer a fome que me consome
O animal alimentado
Todos estariam aqui, sem servir
Sem sofrer, sem chorar
Sem ter fome também
Cortei-me para dar de alimento a quem tem
Ouvidos que me custam lágrimas
Vidas perdidas ao fecha-olhos, vira-esquina
Aos meus, alimento!
Se querem meu frescor, saibam que irei recomeçar
Aqui ou em outro lugar
Que minhas chagas valham, minhas cicatrizes falem
Sem ser mercadoria a quem precisa
Ter o gozo de SER a cada dia
queria saber se havia carne
se havia vida
O sangue que escorre
alimenta os bueiros
a carne é servida
O que me fiz?
Permita-me falar da minhas cicatrizes
Negras marcas, dores cinzas
Alma agonizada, chagas expostas
Se pudesse sentar em um trono
Teria feito desaparecer a fome que me consome
O animal alimentado
Todos estariam aqui, sem servir
Sem sofrer, sem chorar
Sem ter fome também
Cortei-me para dar de alimento a quem tem
Ouvidos que me custam lágrimas
Vidas perdidas ao fecha-olhos, vira-esquina
Aos meus, alimento!
Se querem meu frescor, saibam que irei recomeçar
Aqui ou em outro lugar
Que minhas chagas valham, minhas cicatrizes falem
Sem ser mercadoria a quem precisa
Ter o gozo de SER a cada dia
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