Revolucionar o Cotidiano

As pessoas fazem as coisas
as coisas não as fazem, ainda
não preciso ter sobrenome, mas
sobre meu nome me é preciso

revolucionar a vida
na calçada calcada
agitar as veias concretas
da cidade asfaltada

Adubar a terra me é
preciso e necessário
como colher o futuro
sem lavrar o passado?

Os passos que deitam
em solo deste mundo
encontram aos outros
em direções opostas

Os rostos se viram
alguns se curvam
outras ainda choram
uns enfim, riem

O dia a se celebrar
virou oportuno real
em apagar histórias
no plano material

Sobram as ideias
ainda poucas, mas
bem sinceras

É possível mudar
a sina estabelecida
plantando a muda
na realidade colhida






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