Coroa de Louro ou de Espinhos?
Álvares de Azevedo - Meu Sonho
(...)Onde vais pelas trevas impuras,
Cavaleiro das armas escuras,
Macilento qual morto na tumba?…
Tu escutas… Na longa montanha
Um tropel teu galope acompanha?
E um clamor de vingança retumba?(...)
Uma vez em tempo distante de 2014 ou 2015 estava num bar sentado com um movimento até André de Melo fez um comentário bastante oportuno: "Bourdieu escreve em Contrafogos contra o neoliberalismo, pois essa nova forma do capital estava precarizando e apresentando menos influência e ganho ao sociólogo...". Com efeito, a intelectualidade nas universidades tem percebido que, agora, a precarização e as reformas irão atingir a eles.
Justificam com suas benesses à Universidade, como transformaram e deram favores aos alunos, ao ingresso e a sua possibilidade de ascensão. Em suma, deixa válido a competição sem olhar aspectos individuais e de formação dos alunos, a proporção de um meio que reproduz aquilo que eles necessitam e mais temem quando afetam a eles: A sociedade capitalista.
Quem os vê, pensa que soa coroa de louros deve ser entregue em vida, após uma maratona distante. Ao serem os porta-vozes do capital, entregam cartas e flertam para a burguesia como que se o reconhecimento por domar a massa e a entregar para as garras do capital.
Entretanto, quando a coroa de louros se torna de espinhos? Traídos como Júlio César por Brutus, os intelectuais na universidade estariam se sentindo traídos pela burguesia como capacitores da força de trabalho. A coroa de espinhos que machuca e faz com estes falem para os trabalhadores se unirem contra a perda de sua influência. Como em Titanic,o navio afunda, mas a banda tem de tocar até o fim enquanto os ricos pegam os botes.
O problema da intelectualidade universitária não é sua revolta pela precarização e a busca de sensibilidade pelo seio dos alunos. A competição e a busca por mais acumulação e reprodução do capital parece seduzir mais do que as meras palavras e sentimentos vemos então, que os súditos estão nus, mas com dúvida não sabem se cobrem ou se deixam expor.
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