Falar contra o capitalismo não é bastante

Após sua hegemonia e predominância o capitalismo sempre encontrou resistências. Experiências foram feitas ao longo dos tempos ao reivindicar uma outra visão. O socialismo soviético, as experiências em Cuba, Coréia do Norte e Vietnã, canudos, contestado entre outros. Experiências que duraram e duram até hoje, mas fica a pergunta.
Tais experiências foram/são, de fato, obras contra o capital e feitas pelos trabalhadores? Vamos a alguns fatos:
  1. - Havia um partido de vanguarda que burocratiza(va) as relações não sendo produto dos trabalhadores. Indico a Leitura de Pannekoek sobre os conselhos operários.
  2. - Perseguição a dissidentes. Interessante neste tópico os dissidentes serem burgueses e anarquistas como no exemplo soviético.
  3. - A não abolição do capital, apenas o fazendo ser institucionalizado pelo estado e sendo este tutor da produção.
Mas, afinal, pq tais experiências duram tanto?
O marxismo sofre de inúmeras deformações para perder seu caráter crítico e classista. O que vemos e um impulso duplo neste sentido. O capitalismo propagar e incentivar a fomentação de seu modo de produção e provocando um desejo ao consumo e a competição. Dando-as aspectos de naturalidade destas formas(podemos colocar o darwinismo social entre outras teorias sem sentido).
O outro fator era o desejo de tais experiências reivindicarem um marxismo autêntico e determinar um sucesso revolucionário. Oras, Marx sempre estava em constante e avanço e nunca iria determinar uma revolução, pois compreendia a revolução como um processo de ação e prática da consciência dos trabalhadores que poderia ser ainda mais avançada ao decorrer do futuro.
O que nos sobra e se espelhar em verdadeiras revoluções que abalaram e pouco duraram. Estas sendo feita pelos trabalhadores com comissões e conselhos através da autogestão. Estas experiências que são o marxismo autêntico ao lado dos trabalhadores. O resgate e o combate que levam a ruptura do capital pelo comunismo. Portanto não basta falar contra o capital ou usar experiências que no fundo são deformações do sistema capitalista. Experiências concretas são aquelas que o capital chama de utópicas e contrárias que retiram sua máscara e revelam a sua farsa.

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