Culpado

Estar na hora
Sempre atrasado
Cara de segunda
em ônibus lotado

Cruzando momentos
Baldeados
Uns frustrantes
outros emocionados

Percorro caminhos
não sei a parada
meu ponto derradeiro
Destino certeiro

Iam entrando
amores
Incômodos
mas eles descem

Iam surgindo esperanças
lembranças
sobem
Mas não ficam

No ponto a mim sobrou
O volante oferecido
não voltei de ré
Segui

Me culpei pela direção
era cobrador
me sentia velho
para outro dissabor

Larguei o pé rumo
Ao ponto final
lá encontrei
um destino fatal

Recuado e assustado
Desmaiado, neblinei
acordado do espanto
Me guiei

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