Tenho Sede

A água do chuveiro
tece um desejo
as névoas no espelho
ocultam um segredo

A boca que encaixa
e mesma que aproxima
para silenciar grito
exprimindo o gemido

Os copos descem e
sobem sem cansar rotina
levando todas as toxinas
pelo ralo e pela pia

As mãos perpassam
os vales do amor
arrepios suspiros calor
Mistura num único sabor

Arderam os pecados
consumido em brasa leve
Lascivos sensuais fatais

Deixam em mim a vontade
da maçã (des)sementiada
um prazer voraz

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