Cunho Esférico Corrosivo
Oh, Cunho esférico corrosivo
Me reservas sorte?
basta eu jogar-lhe no poço e terei
Toda a benevolência do mundo?
Saberás me dizer que sabor tem
ter a ti e a perder de vista
Guardar sem que o bolso fure e sinta?
Cunho esférico de cobre
O que me reservas, além da morte?
Se para te conseguir preciso me vender
tanto a alma como o corpo
os desejos e os sonhos
Vidas tragadas em te ter
mensalmente, diariamente
por meio de salário
pedágio
pedinte
Cunho esférico que detém tantos universos
guarda em seu peso, o fardo de viver
em busca de ter para momentos que duram horas
minutos, dias ou segundos,
mas não concebe uma vida toda,
Por quê!?
Se te elogiam, me nego
se te gabam, me nego
se te necessito, padeço
Quando serás apenas peça de níquel?
Sem valor e sem destino
para que não me debruces
em explicar o seu (des) sentido?
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