Qual valor?

Sou espelho da sociedade?
Tudo que reflete, me cabe?
Se espelhou sou, me falta
a consciência da liberdade?

Qual a estância da linguagem?
Estanque ou meramente covarde?
Precisa-se adornar nos versos, belas
e nobre palavras? Elas vestem?
Comem? Bebem? Dão frutos?

Quem produz as regras, goza?
Sente prazer, faz amor ou
apenas sente vontade de impor?

Quem vai realizar o irrealizável?
Promover a mudança dos costumes?
Quebra a rotina dos abutres?
O cumprimento do turno?
O tempo gasto no trabalho?

Tantas perguntas, tantas questões
Não sei responder, não sei agir
sou indivíduo, me cabe refletir
na amarga brutalidade dura

Ver emergir no concreto árduo:
- O mais-valor encerrado.
- A destruição do Estado.
- O fim do desprazer do horário.
- A extinção do proletariado.


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