Acreditar
Até quando se calar quando o violentado não é você?
Quantas vezes ser platéia em meio ao negrume ?
Mãos-algemas prendem e acorrentam
Transformam camburão em navio negreiro
Chibata se fazem cassetetes
Ó até quando irão cair lágrimas internas
É preciso mais humilhação?
Trabalhador precário pobre escravidão
Até quando as marcas serão exibidas em pelouros-praças?
O silêncio me consome
fadigado em esconder o que sinto
queria ser a nuvem-mundo
Descarregar tanto ódio me cerca
tanta dor que me dilacera
assim me ver branco e exibir a luz radiante
Acredite
Essa luz triunfará um dia
e será uma imensa alegria
Não precisarei descarregar uma nuvem
Não precisará descarregar uma arma
Não precisa descarregar a vida-severina
E isto não será sina
nem tampouco mentira
quando houver amor para vida
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