Situações impensadas
Lembrou das noites quentes em seu quarto, possuído por desejos que só restavam em sua memória. Um amor que cultivou e esculpiu em detalhes, como um castelo de areia, um sol escaldante e a onda molhada nas lágrimas de brigas, desabaram-no.
Andou algumas quadras, entrou na sala, ensaiou um bom dia. Veio xoxo coitado , um bocejo demorado, cabelo despenteado... Logo perceberam
- Ele não está bem?
- Meu Deus!
- Dêem um café pro homem!
De hábitos suaves e delicados ao corpo, não tomava cafeína e nem tampouco queria comer ou estar bem. Sentia-se mal, aquele mal de alma que arrebata até o último suspiro de esperança.
Relação boomerange ou ioiô como falavam os conhecidos, se ao menos soubesse que doeria mais do que imaginará, ardia o peito inflamado pela solidão.
- E agora?
Pegou a caneta, esboçou palavras, correu, andou, sentou e se fez plateia em muitos momentos. Alunos compenetrados, falando baixinho, pensando. Pronto! Estavam domados pelo tempo, por um afazer, poderia pensar naquilo que o consumia noite e dia.
A aula se encerra, agarra o cheque e sai sem se despedir, corta a avenida, pede uma razão pra viver e uma marmita. A razão desce rasgando, corta o estômago, deixa um hálito perdido no caos urbano, sente uma tremura leve, sobe a rua e avista seu prédio.
Chega em casa, banho demorado, marmita fria à espera, barriga roncando e meio tonteado pelo baque da perda repentina, mas esperada, sentou, comeu, siestou, alarmou, chorou e doeu. Lembrou das contas, correu a chave na trança, deitou esperando o fim ou um novo recomeço, pensou em desistir. Desistiu, era muito egoísta para isso.
- E agora?
A noite foi a uma peça, assistiu e sentiu -se só. Um rapaz de óculos, magro e alto lhe conversa, voz engraçada danam a rir, amigo que esconde um olhar malicioso.
Pede corpo e desejo, mas no fim não encontra seu feito, o jeito é seguir sua sina, adentra a carona, potente e indomável, segue a máquina pelos rastros deixados, marcas no asfalto e na vida, um bar de esquina e um chope com colarinho para esse frio na espinha.
Encontra uma loira, não tão alta, feições formosas, olhos em avelã, se tocam nas mãos e se beijam num sabor novo e envolvente.
Toca-lhe o corpo como templo, sente seu respirar, tateia o rosto, beija seus seios, lhe quer o gozo. Ela sorri e percebe para e espera, atenta o que pode ocorrer, interrompe.
- Sabe, estamos indo rápidos demais.
- Prometo ser lento...
- Acho que você entendeu...
Deitado, na cama, cabeça rodando, quarto girando, emoções a mil, lembranças do homem em suas mil escolhas em um dia, pensou em tudo mas só lhe veio uma pergunta
E agora?
Andou algumas quadras, entrou na sala, ensaiou um bom dia. Veio xoxo coitado , um bocejo demorado, cabelo despenteado... Logo perceberam
- Ele não está bem?
- Meu Deus!
- Dêem um café pro homem!
De hábitos suaves e delicados ao corpo, não tomava cafeína e nem tampouco queria comer ou estar bem. Sentia-se mal, aquele mal de alma que arrebata até o último suspiro de esperança.
Relação boomerange ou ioiô como falavam os conhecidos, se ao menos soubesse que doeria mais do que imaginará, ardia o peito inflamado pela solidão.
- E agora?
Pegou a caneta, esboçou palavras, correu, andou, sentou e se fez plateia em muitos momentos. Alunos compenetrados, falando baixinho, pensando. Pronto! Estavam domados pelo tempo, por um afazer, poderia pensar naquilo que o consumia noite e dia.
A aula se encerra, agarra o cheque e sai sem se despedir, corta a avenida, pede uma razão pra viver e uma marmita. A razão desce rasgando, corta o estômago, deixa um hálito perdido no caos urbano, sente uma tremura leve, sobe a rua e avista seu prédio.
Chega em casa, banho demorado, marmita fria à espera, barriga roncando e meio tonteado pelo baque da perda repentina, mas esperada, sentou, comeu, siestou, alarmou, chorou e doeu. Lembrou das contas, correu a chave na trança, deitou esperando o fim ou um novo recomeço, pensou em desistir. Desistiu, era muito egoísta para isso.
- E agora?
A noite foi a uma peça, assistiu e sentiu -se só. Um rapaz de óculos, magro e alto lhe conversa, voz engraçada danam a rir, amigo que esconde um olhar malicioso.
Pede corpo e desejo, mas no fim não encontra seu feito, o jeito é seguir sua sina, adentra a carona, potente e indomável, segue a máquina pelos rastros deixados, marcas no asfalto e na vida, um bar de esquina e um chope com colarinho para esse frio na espinha.
Encontra uma loira, não tão alta, feições formosas, olhos em avelã, se tocam nas mãos e se beijam num sabor novo e envolvente.
Toca-lhe o corpo como templo, sente seu respirar, tateia o rosto, beija seus seios, lhe quer o gozo. Ela sorri e percebe para e espera, atenta o que pode ocorrer, interrompe.
- Sabe, estamos indo rápidos demais.
- Prometo ser lento...
- Acho que você entendeu...
Deitado, na cama, cabeça rodando, quarto girando, emoções a mil, lembranças do homem em suas mil escolhas em um dia, pensou em tudo mas só lhe veio uma pergunta
E agora?
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