Ausência de Mendigos


Em Canudos não existiam mendigos ou prostitutas. As mulheres se vestiam de forma modesta, sem ostentar "luxo" ou miséria, e se ocupavam da fabricação de tecidos para a confecção de roupas. redes, etc., não faltando absolutamente nada a elas. A jordana de trabalho era de cinco horas diárias, com uma pausa para o almoço - a passo que em algumas cidades da Bahia, Alagoas e Salvador a jornada diária era de cerca de 12 horas em troca de um salário de 250 mil réis que mal dava para o sustento de uma família. O restante do tempo dos habitantes de Canudos era preenchido pelo lazer e pelas orações. No domingo, dia santificado, ninguém trabalhava. Todas as crianças tinham direito à educação e aos adultos que quisessem aprender a ler e a escrever também poderiam se matricular em uma das escolas existentes. Havia na comunidade uma cadeia, que pela falta de uso acabou sendo apelidada pela população de "poeira". Os assaltos não existiam e os crimes só raramente aconteciam, geralmente originados por ciúmes ou brigas entre casais. O assassino era expulso da cidade. (SOLA, 1991, p. 40)


A luta contra qualquer forma de não humanização se dará junto a abolição das relações que alienam o trabalhador de uma maior consciência e humanização. Entretanto isso não significa que devemos abandonar uma maior consciência crítica e lutar nessa sociedade contra o abuso, exploração e a violência contra as minorias.

Contudo a luta não é para fazer a estes serem inseridos no consumo e na alienação reinante e na falsa inclusão que é promovida pelo capital. A luta é por uma sociedade autogerida e que todos possam atuar e lutar pela concreta inclusão e se nos idos do fim do Século XIX era possível o que impede isso no Século XXI? A dificuldade de superar o capitalismo, se encontra acabar com as deformações e ideologias que impedem a transformar por completo a nossa sociedade.

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